07 abril 2012

Ela vê pessoas felizes o tempo todo, e vê que há muita gente apaixonada em pouco espaço. E ela se vê ali também, sozinha. Ninguém para ela cuidar, ninguém para amar, ninguém para olhar. E assim vai subindo nela um vazio imenso, sempre parece que lhe falta algo. Imagina pessoas possíveis que poderiam estar ao seu lado, e principalmente imagina ele, todas as vezes é ele quem invade primeiro o pensamento dela. Diz se sentir cansada de imaginar. As vezes chega a pensar que não é merecedora de nenhum tipo de afeto. Sempre gostando mais do que deveria realmente gostar, sempre gostando sozinha e assim convivendo com esse sentimento inacabável. Ela olha para todos os lados para ver se encontra ele em qualquer canto que seja, atrás de um poste, de algum arbusto, trazendo alguma flor arrancada de uma árvore qualquer. Mas não, ela sabe que nunca irá encontrar ele, e que nunca irá aparecer com tamanho gesto simples, uma flor. Às vezes a sua simplicidade espanta as pessoas, o seu jeito de que tudo agrada, de qualquer canção romântica que faz ela chorar. Então, seria o amor para ela algo sentido apenas pelos outros, chegando a ser inexistente e difícil de acreditar que existe, ou algo que ela nunca encontrou?

tainábatista

Nenhum comentário: